Quando uma criança nasce, existe um dia especifico, um horário específico e um lugar específico onde esse nascimento ocorre. E quando essa criança respirar pela primeira vez, existirão ao seu redor determinadas energias cósmicas que irão governá-la durante toda sua vida.
Será que eu estou dizendo que estamos atados às nossas influências astrológicas desde o nascimento? A resposta é não, não estamos. Não somos escravos do universo. Esse é um importante conceito kabalístico. As estrelas impelem, mas não compelem. A espiritualidade nos permite superar o comportamento robótico natural que o nosso signo parece exigir, para que possamos no final alcançar o potencial de nossa alma.
É mais fácil surfar no topo da onda do que em baixo dela. Em outras palavras, é do nosso interesse aprender sobre cada mês e conhecer as ferramentas que ele torna disponíveis para nós. Por quê?Porque, quer sejamos do signo de Leão, Touro ou Escorpião ou de qualquer outro signo, o alinhamento cósmico de cada um dos doze meses do ano causará impacto em nossas vidas.
Portanto, esta semana, ao darmos as boas vindas à Lua Nova de Peixes, é importante saber como podemos utilizar a energia desse mês para crescer.
Então, o que podemos esperar?
O nome do mês de Peixes em hebraico é Adar, que vem da palavra Idra a qual significa “coluna vertebral.” Não surpreende então que uma das características dos piscianos é ser “molenga” lhes faltando “coluna vertebral”, garra. Para o pisciano, pode ser muito mais confortável evitar o confronto com a realidade do que lidar com ela. Quando as dificuldades se avolumam em suas vidas, muitas vezes eles enfiam a cabeça na areia e dizem: “Uau, tudo está ótimo por aqui.” Ao mesmo tempo, Peixes é um signo de tremenda dualidade. Por um lado, os piscianos podem ser absolutamente intuitivos, clarividentes e capazes de se importar com os outros. Mas também podem, como já mencionamos, se desligar da realidade quando as dificuldades surgem em suas vidas. Em vez de dizer: “Tudo bem, a situação é esta, vamos para frente e para cima”, eles caem na consciência de vítima — um buraco muito difícil de sair. Por que é tão difícil? Porque quando nos tornamos vitimas, estamos de fato dizendo que a Luz do Criador não está dentro de nós, que a situação adversa que estamos enfrentando não é um teste para nos ajudar a nos tornarmos melhores do que somos hoje. Quando estamos na condição de vitima, não conseguimos ver que tudo na nossa vida deve acontecer como parte de um plano maior, um processo mais amplo. Então o que isso significa para todos nós neste mês? Bem, para começar podemos praticar superar nossas tendências piscianas limitadoras, que todos nós possuímos, independentemente de nosso signo. Em vez de fugir dos aspectos desconfortáveis da realidade, podemos abraçá-los e dar passos proativos para nos transformarmos, se necessário. Podemos também resistir ao ímpeto de cair na consciência de vitima e em vez disso escolher assumir a responsabilidade de aprender com nossas dificuldades. Lembre-se de que estamos em uma época poderosa em que a distância entre causa e efeito está mudando. Anos atrás, podíamos praticar uma ação e ela voltaria a nos assombrar 20 anos depois. Hoje a linha de separação entre causa e efeito é muito curta. Parece até que o próprio tempo está caminhando — e ele está mesmo, mas em um compasso diferente.
Também precisamos reconhecer que assim como existe a natureza dual de Peixes, há uma dualidade de consciência no mundo hoje. Os kabalistas denominam essas duas polaridadesOy e Ahsrei.
Oyé a consciência apática de simplesmente viver o cotidiano sem ter ou precisar de uma razão para isso. É a consciência que não aceita que todos nós sejamos responsáveis pelo amanhã. Oy é quando as pessoas dizem para si mesmas: “Que me importa o que está acontecendo do outro lado do mundo. Isso não me afeta.” Ou: “E daí se milhares de peixes aparecem mortos na praia. Vou pagar mais caro por eles. Grande coisa...”
Por outro lado, a consciência de Ashrei é aquela que reconhece a importância de cada uma de nossas ações e o fato de que podemos mudar o mundo ao mudarmos a nós mesmos.Ashrei é quando somos capazes de ouvir o que outra pessoa diz, de rir mais, e de encontrar pequenas formas de cuidar dos outros e de nosso meio ambiente.
Lembre-se de que segundo os kabalistas, aqueles que podem fazer as maiores mudanças no mundo são os que têm a maior negatividade, os maiores Recipientes. Não é a pessoa que vai para casa, toma sua cervejinha, assiste TV e vai dormir. É quem luta por alguma coisa a todo instante de seu dia. É aquele que está ocupado, se movimentando, envolvido com a vida. A polaridade funciona em tudo. E a polaridade deste mês é pegar toda a negatividade existente ao nosso redor, fortalecer nossa “coluna vertebral”, nossa garra, e utilizá-la para ir ao próximo nível. De modo geral, nas próximas semanas, precisamos nos lembrar de que sempre que tomarmos decisões, o barco pode balançar por algum tempo. Pode até mesmo balançar por uns meses até se estabilizar, porque essa é a energia à nossa disposição neste momento. E é uma boa energia porque a verdadeira transformação pessoal ocorre somente se o barco balançar. Quando nos encontramos em um lugar plácido e estável, é bem provável que não estejamos crescendo. Por quê? Porque o crescimento só acontece quando precisamos encontrar um novo caminho ou uma abordagem diferente para lidar com nossa consciência.
Nesta Lua Nova, façamos uma lista de todas as coisas em nossas vidas que ainda não fizemos — e não estou me referindo a lavar o carro no domingo! Estou falando sobre todas as pessoas para as quais não telefonamos e todas as situações desconfortáveis que precisamos encarar. Por quê? Porque nunca se sabe: Talvez o amanhã seja para sempre.
Com carinho,
Karen
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