segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Poder do Amor by Karen Berg

De acordo com o Talmude, cada folha de erva tem o seu próprio anjo a protegê-la, sussurrando “cresce, cresce”. Também é assim connosco. Este é o nosso ensinamento desta semana.

À medida que as noites se tornam mais longas e escuras, somos compelidos – mais do que em qualquer outra altura do ano -  a buscar dentro de nós reflexão, meditação e crescimento espiritual. Frequentemente, é quando as coisas estão mais difíceis e escuras que somos capazes de realizar verdadeiras mudanças e tornarmo-nos pessoas diferentes do que éramos.
   
A meditação e a prece têm sido usadas durante milhares de anos pelos nossos sábios, patriarcas e matriarcas como forma de aceder a uma fonte de energia mais elevada. Tal como a chama da vela, que flui e procura ascender, quando meditamos ou nos envolvemos numa oração acedemos aos mundos superiores, onde um reservatório de energia espiritual aguarda a nossa assistência. O nosso patriarca Jacob sabia isto. Na parasha desta semana, Vayishlach, Jacob estava a enfrentar a sua própria batalha. O seu irmão Esaú tinha planeado iniciar uma guerra contra ele. Mas na noite anterior à batalha, Jacob virou-se para dentro, em vez de para fora, para resolver os seus problemas. Meditou e observou qual tinha sido o seu papel na questão. Jacob não receava olhar para a sua própria negatividade. Onde é que lhe faltava amor? Dignidade humana? Amor ao próximo? Onde estavam os seus medos? Que parte de si ainda não conhecia o Criador? Quando terminou, Jacob estava mudado. Esaú já não detinha poder e influência sobre ele, nem representava qualquer perigo sobre o irmão. Porque Esau era e é apenas um reflexo dos medos interiores, ego e limitações que todos possuímos.
Gary Zukav escreve em O Lugar da Alma que o que nos torna mais evoluídos que outros seres é a compaixão. O verdadeiro crescimento não se refere ao lado externo, mas ao trabalho interno. É quando aprendemos que é do nosso melhor interesse amar mais e odiar menos. Esaú queria matar o irmão, mas não sabia como fazê-lo. Ele sentia amor por Jacob apesar de tudo . A mudança ocorreu quando Esaú sentiu a Luz que emanava através de Jacob para o mundo físico. Abraçou Jacob e amou-o, amou-o verdadeiramente. O seu ódio tinha-se transformado em amor. Este é o poder do amor.

Por vezes estamos relutantes em trabalhar sobre nós mesmos, mas o universo tem, de certeza, outro plano para nós!  Podemos dar connosco a ser empurrados a fim de confrontar os nossos medos, quer gostemos ou não. Como costumo dizer, não podemos esperar que os nossos músculos aumentem se não formos ao ginásio e não os trabalharmos.

Esta semana, atenção à chamada. Arranjem tempo para se sentarem sossegados, sem distrações, e ouçam os vossos pensamentos. Ouçam o bater do vosso coração. Respirem. Apercebam-se das respostas que conseguem ouvir quando o mundo não é tão ruidoso. Acendam uma vela, e enquanto o fazem foquem-se em acender uma vela dentro de vós. Tenham a certeza que podem esperar ver grandes maravilhas na vossa vida. “Cresce, cresce”. Eu sei que conseguimos. Eu sei que, com o poder do amor, cada um de nós pode acender no interior de si a sua vela, e todos juntos podemos iluminar o mundo. Deus vos abençoe, e todo o meu amor.
Desejos de uma grande semana de luz e transformação.
Karen

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Seguir Em Frente | por Karen Berg

“Devemos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos para termos a vida que está esperando por nós.” ~ Joseph Campbell
Um bebê normal precisa de 1.000 horas de prática antes de poder andar. Alguns aprendem a correr antes. Outros amam engatinhar. Outros gostam de ir direto aos seus primeiros passos. Mas o que é igual para todos é a prática e as muitas,  muitas vezes, cair apenas para se levantar e tentar de novo. Eu menciono isto porque a energia desta semana nos ajuda a sair de nossa zona de conforto e escolher o próximo nível. E toda vez que fazemos isto, estamos sujeitos a enfrentar desafios. Assim como o bebê batalha antes de andar, nós também passamos por testes que nos levam a ser quem devemos ser.
A porção desta semana, Vayetze, quer dizer, “e ele partiu.” Há tanta coisa que se desdobra nesta história que provavelmente daria um script para 2 ou 3 fantásticos longa-metragens. Nós vemos Jacó deixando a casa de seu pai em Beersheba para encontrar uma esposa, o famoso sonho da escada para o céu, o encontro dele com sua alma gêmea Raquel no poço, seu trabalho para Labão, seu(s) casamento(s), o nascimento dos líderes das 12 tribos… E muito mais. Mas o que eu queria dizer aqui é que a coisa toda se inicia com: “E ele partiu.”
Em outras palavras, para tudo ocorrer, para que estes poderosos desdobramentos de energia espiritual aconteçam, teve que existir esta decisão inicial da parte de Jacó em abandonar o que ele conhecia. Tudo começou com ele saindo do conforto da casa de seu pai e com sua certeza e a conexão com Deus como sua salvação, Jacó aventurou-se ao desconhecido.
Para cada um de nós, há muitas bençãos esperando para serem reveladas, mas existe um pré-requisito: que tomemos a decisão de seguir em frente. Isso nem sempre significa um movimento físico, embora possa ser. Mais frequentemente, é a decisão de abandonar comportamentos que não nos servem mais, sistemas de crença que estão nos limitando, ou encontrar uma maneira de descarregar a bagagem que está conosco, às vezes por muitos anos. A porção desta semana nos ajuda a encontrar esse ponto de crescimento dentro de nós, através do qual podemos evoluir para uma nova maneira de ser.
Todos sabem que não é simplesmente “puf” e nos tornamos a pessoa que queremos ser em um segundo! Isto talvez ocorra em desenhos animados, mas a experiência humana revela que as pessoas que realmente entraram dentro de si mesmas e fizeram grandes diferenças para a melhoria de todos, passaram por testes de fogo. Chegar a um lugar onde incorporamos uma nova maneira de ser, não é fácil. Cada um de nós tem a sua própria escada espiritual para subir, que é única para o propósito de nossa alma. Mas, como o bebê, podemos triunfar a partir da disposição de passar pelo processo, sabendo que o alcance de cada próximo degrau nos permite revelar mais de quem somos.
Crianças são incríveis. Tudo as fascina, elas absorvem novas experiências e deliciam-se na alegria de aprender mais e mais. Esta é uma perspectiva que podemos assumir enquanto seguimos em frente. Veja como você pode abraçar o processo de sair de sua zona de conforto. Existem lugares de indecisão e dúvida? Sim. Nenhum de nós é perfeito. Existirão encruzilhadas, desafios e lugares de confusão? Sim. Mas com a Luz do Criador, você é capaz de superar e nesta semana você tem uma injeção de energia para ajudar na sua caminhada.

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Chegar A Um Novo Nível De Certeza | Por Michael Berg

O início da porção Vayetze diz, Vayetze Yaakov miBe'er Sheva vayelech Charana, "Jacó deixa Be'er Sheva e vai para a cidade de Haran." E o Midrash nos diz que esta porção está revelando o segredo da certeza para nós através de Jacó.
Ravi Pinchas começa a discussão citando Proverbios: "Se você dormir, não terá medo, nem preocupações. Então você irá com certeza". Esta citação está se referindo a Jacó. Quando lê-se que Jacó saiu, significa que ele foi sem qualquer medo ou dúvida; assim, quando lê-se que Jacó dormiu, isso significa que quando ele deixou Be'er Sheva, ele foi com total certeza.
No entanto, a próxima seção do Midrash parece contradizer isso. Está escrito que depois que Jacó deixou Be'er Sheva e está caminhando para Haran, ele fica preocupado e se pergunta se ele vai perder a sua certeza na Luz do Criador. Não ouvimos com frequência as dúvidas dos justos. E esta seção no Midrash é única, a qual parece estar nos dizendo que, enquanto Jacó está indo para Haran, o medo e a dúvida vêm, tanto que ele ainda tem o pensamento - vou perder completamente a minha certeza Criador? Mas diz a si mesmo: "Não. Vou manter a minha certeza no Criador.” Quando lemos isso no Midrash, parece que Jacob teve um momento de dúvida, e então ele se fortalece. O que significa Jacó perder a certeza e ganhá-la de volta?
Para entender isso, há uma famosa história do Rav Yitzchak de Berditchev. A história diz que ele já estava muito doente, e os médicos lhe disseram que não havia como curá-lo naturalmente; disseram que a medicina não ajudaria; ele só poderia ser curado através de um milagre. Os médicos disseram a todos que não havia nada que pudessem fazer, e não permitiram que ninguém entrasse no quarto onde ele estava repousando, porque não deveriam incomodá-lo, deixando-o descansar.
De repente, ouviram um grande barulho no quarto onde Rav Levi Yitschak de Berditchev estava. Eles abriram a porta e viram que ele tinha caído da cama e estava no chão. Eles não entenderam o que tinha acontecido, mas eles o levantaram, o colocaram de volta na cama e puseram coisas ao redor da cama para terem certeza de que ele não cairia novamente. Algum tempo se passou e mesmo Rav Levi Yitzchak de Berditchev estando inconsciente, de repente o ouviram chamar pedindo água para lavar as mãos, dizendo que estava se sentindo melhor. E ele estava completamente curado.
Rav Levi Yitschak de Berditchev então lhes conta o que se passou enquanto estava deitado lá, ouvindo os médicos dizerem que não havia esperança para ele. Ele disse que se lembrou dos ensinamentos que recebeu do Magid de Mezeritch, que diziam que se alguém tem certeza real na Luz do Criador, então a misericórdia o circunda; que a natureza do mundo é tal que, se uma pessoa tem certeza completa e real, a Luz entra.
Então Rav Yitzchak disse: "Quando me lembrei do ensinamento do Magid de Mezeritch - que quando uma pessoa tem certeza na Luz do Criador, a misericórdia o circunda, não porque ela mereça, mas porque essa é a natureza do mundo - pensei, 'Deixe-me despertar a certeza, e então eu poderei trazer a cura de que eu preciso.' E assim eu fiz. Eu estava tão certo de que estava curado, e que a cura estava chegando, que me levantei para sair da cama, mas cai no chão, porque, na verdade, a cura ainda não tinha chegado. Quando eles me colocaram de volta na cama, comecei a pensar novamente sobre o ensinamento do Magid de Mezeritch, e disse a mim mesmo: ‘Não fui curado, porque minha certeza não é perfeita, não está aperfeiçoada.’ Então eu sentei lá e concentrei-me novamente no despertar de uma certeza maior e mais aperfeiçoada. E foi assim que fui curado".
O que estava acontecendo? Rav Levi Yitschak de Berditchev tinha certeza, mas teve que se motivar para ter uma certeza maior. Porque ele não duvidava do que o Magid de Mezeritch lhe tinha dito, que se uma pessoa tem certeza, a misericórdia o cercará, e ele será curado. Ele tentou com a certeza que tinha até aquele momento, e não funcionou. E, enquanto a maioria de nós naquele momento, ou desistiria ou ficaria desapontado, para ele estava claro o fato de que, simplesmente, sua certeza ainda não estava aperfeiçoada. Ele tinha que ficar deitado ali por uma hora, ou por quanto tempo demorasse, para fortalecer sua certeza. E então, porque ele fortaleceu sua certeza, a cura veio.
Este é o segredo do que o Midrash está nos dizendo. Não é que Jacó tivesse dúvida, mas sim que ele sabia que estava entrando em um lugar muito perigoso e qualquer certeza que ele tinha até então, não ia sustentá-lo no lugar para onde estava indo. Então ele parou e disse: "Ok, eu sei que a certeza que eu tinha até agora, que me sustentou enquanto eu estava cercado por meu pai e mãe em Be'er Sheva, não vai me sustentar quando eu entrar na escuridão de Haran. Eu tenho que tomar um tempo para afastar essa certeza e despertar uma certeza maior.” Jacó teve que passar por um processo de afastar o que ele pensava ter de certeza antes e chegar a um novo nível. Este é o presente que podemos receber neste Shabat.
A certeza que temos tido até agora não vai nos sustentar. Temos de tomar um tempo para realmente empurrarmos nossa consciência e implorarmos ao Criador para nos dar um novo nível de certeza. E então nós, assim como Jacó e Rav Levi Yitzchak de Berditchev fizeram, chegaremos a um novo nível de certeza.

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O Período Mais Maravilhoso do Ano | por Karen Berg

“É o período mais maravilhoso do ano…..”
Bem-vindo a um período que é verdadeiramente um dos mais positivos do ano. Não é por coincidência que músicas foram escritas celebrando o quão bom é estar sob a influência do corpo celestial de Júpiter e a constelação conhecida como Sagitário.
Júpiter governa este mês e nos concede seus muitos presentes. É dito que se Júpiter fosse maior, seria o próprio sol em outro sistema solar. Assim como uma vela clareia uma sala escura, assim também a imensa energia positiva de Júpiter clareia nossas vidas durante essas longas noites do solstício de inverno.
O mês de Sagitário é o terceiro mês a partir do começo do Calendário Kabalístico. Há um segredo aí. Enquanto o primeiro mês de Libra é considerado Coluna da Direita e o segundo mês de Escorpião é considerado Coluna da Esquerda, Sagitário brilha em sua posição na Coluna Central. Nós sabemos que no centro há equilíbrio. E onde há equilíbrio, há prosperidade, expansão, boa sorte e vida.
Em Hebraico, Sagitário é conhecido como Kislev. Kislev deriva da palavra kishet que significa arco ou arco-íris. Um arco-íris é primordialmente composto de três cores principais. O que tudo isso nos conta? Isso nos conta que o mês de Sagitário é o segredo do sistema das Três Colunas e do grande poder da Restrição. A terra brilha no espaço porque não absorve a luz, porém a empurra de volta - isto é chamado de Restrição. Nós também podemos brilhar neste mês sendo capazes de conectar mais com a Terceira Coluna, a qual nos dá a consciência de que, no final das contas, é muito mais gratificante compartilhar do que receber.
Se você já conheceu um Sagitariano, você sabe que não há um desafio que eles não encarem ou uma batalha que eles não estejam prontos para lutar e conquistar. Nós também recebemos essa qualidade nesse mês, mas que batalha nós escolhemos lutar? Qual é a nossa verdadeira causa?
Quando olhamos para dentro de nós mesmos, encontramos a oportunidade de batalhar contra nosso próprio egoísmo e apatia. E esta é uma batalha que podemos vencer este mês. É o calor de um sorriso que você não quer mostrar, mas mostra de qualquer maneira. É a palavra gentil que você normalmente não teria tempo de dizer, mas você faz o tempo para dizê-la. É o amigo que precisa de ajuda e a força que isso exige de deixar nosso próprio mundo e viajar ao mundo do outro para dar assistência a alguém que precisa. Essa mudança dentro de nós cria mudanças externas, e essas mudanças externas  são chamadas de milagre. No final do mês, nos aguardam as grandes luzes da abertura cósmica chamada Chanuká. Situada no escuro do inverno, Chanuká é um período onde somos convidados a acender velas e nos alegrar com nelas - e nada mais. O acesso aos milagres durante este mês é maior que em qualquer outro período do ano por que somos capazes de nos conectar com a luz que os cria em primeiro lugar. Nossa única tarefa é abrir nossos corações e nos amarmos uns aos outros mais que nunca.
Este mês, podemos nos tornar estrelas no céu e velas na noite. Podemos oferecer muita luz aos outros, a nós mesmos e, por consequência, ao mundo. Para quando acendermos a chanukiá, nós a direcionarmos para a abertura do lar para fazer exatamente isso - enviar luz para fora e nos regozijarmos com tudo que é bom. Com esta ação, mandamos embora qualquer problema ou batalha que esteja diante de nós.
Sagitarianos são pessoas que adoram viajar pelo mundo e que deixam para se estabelecer e encontrar o amor mais tarde na vida, mas se transformarmos essa energia ligeiramente, podemos viajar pelos nossos mundos internos ao invés de viajar pelo mundo externo. Nós podemos amar agora ao invés de mais tarde. Podemos encontrar dentro de nós o poder de criar o mundo que apenas sonhamos ser possível. Encontramos internamente um universo maior que o universo externo. Dentro de nós estão todas as respostas pelas quais estamos buscando. Internamente, encontramos nossa habilidade de amar mais que nunca.
Desejo a vocês toda a luz que este mês pode oferecer, assim como todas as bênçãos e milagres que o Criador tem reservado para vocês. É realmente o  período mais maravilhoso do ano.
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Guia e meditação para o mês de Sagitário / Kislev

O signo de Sagitário corresponde ao mês hebraico de Kislev. É a Coluna Central dos signos de fogo, regido por Júpiter ("Tzedek" em hebraico) e pelas letras hebraicas Samech e Guimel. A letra Samech criou o signo de Sagitário, e vem da expressão Somech noflim (suportar os caídos). No Zohar, o artigo chamado "The Letters of Rav Hamnuna Saba” (“As Cartas do Rav Hamnuna Saba”) diz que cada letra hebraica se apresentou perante o Criador para pedir que o mundo fosse criado começando por ela. Quando a letra Samech chegou diante do Criador, Ele lhe disse para voltar ao seu lugar, que é depois da letra Nun, e suportá-la, impedindo que caísse. É assim que obtemos a palavra nes (milagre em hebraico). A letra Nun criou o signo de Escorpião, em que o Dilúvio aconteceu, e após o Dilúvio, Deus colocou o arco-íris no céu, como uma promessa de que jamais aconteceria um novo dilúvio.
Sagitário em hebraico é Keshet ou arco-íris. Keshet é representado pelo centauro, o ser mitológico meio-homem, meio-cavalo, que caça com um arco e flecha. A figura representa a luta interna do coração entre o bem e o mal.
A letra Guimel criou Júpiter, que controla expansão. Júpiter representa o desejo de aprender, saber e os campos da ciência, biologia, educação, artes e música. Os sagitarianos nascem otimistas; para eles, tudo está sempre bem e sempre organizado da melhor forma possível. Eles acham que conseguem resolver todos os problemas e farão tudo o que lhes seja requerido.
Os sagitarianos tendem ao excesso de otimismo, exagero, zombaria, jogatina e frivolidade. Eles são naturais filósofos, professores, amantes, comunicadores e amigos. Gostam de viajar, amam sua liberdade e espaço e são interessados em explorar o mundo, bem como em estudar comportamento humano, cultura e religião. Eles compartilham seus conhecimentos com que quer que os procure. Amam a vida e podem ser bem “mauzinhos” quando crianças.
Por Sagitário ser a Coluna Central (elemento ar) dos signos de fogo, ele possui uma influência adicional de ar. O ar alimenta o fogo e faz com que ele cresça e se expanda. Por isso, os sagitarianos podem ser um canal para qualquer trabalho de comunicação que combine conhecimento e humanidade.
Os sagitarianos são pessoas aventureiras, que dão excelentes motoristas e pilotos (até mesmo de carros de corrida!). Eles adoram esportes e desafiam seu destino, assumindo riscos desnecessários. Tudo o que fazem é em larga escala, com a ajuda de Júpiter, que expande a mente do sagitariano nos negócios, na vida social e nas iniciativas românticas.
Os dias mais importantes em Sagitário são os dias de Chanuká, que começa no dia 24 de Kislev e termina em 2 de Tevet. Acendemos as velas de Chanuká para nos conectarmos com o milagre ocorrido na época dos Hasmoneus (também conhecidos como Macabeus), quando o equivalente a um dia de óleo queimou durante oito dias, no Templo Sagrado em Jerusalém. Esse exemplo incrível do poder da “mente sobre a matéria” aconteceu por causa das duas letras que controlam esse mês: Guimel, cuja essência é Gomel Dalim (recompensar os pobres) e a letra Samech, que criou o mês de Kislev. Essas condições, juntamente com as ações metafísicas realizadas pelos Hasmoneus, propiciaram esse milagre ocorrido há dois mil anos. Ficamos sujeitos a estas mesmas condições a cada ano, no 24o. dia do mês de Sagitário. Essa energia é novamente revelada durante oito dias e nos dá a oportunidade de criar incríveis milagres em nossas vidas.
GUIA PARA O MÊS DE SAGITÁRIO
Qualidades do sagitariano: Natureza alegre, descontraído, aberto a aprender com as experiências, atrevido, gosta de desafios, intelectual, honesto, clemente, afortunado.
PRINCIPAL MOTIVAÇÃO: Autodesenvolvimento, ir além dos limites, ir ao encontro de novos desafios.
DESAFIOS (E COMO TRANSFORMÁ-LOS):
O desafio é mais importante do que o propósito do desafio
Pare e visualize o próximo passo além do desafio. Aprenda a avaliar se o desafio vale a pena.
Extremamente autocrítico e com sentimento de culpa quando não obtém sucesso.
Estamos destinados a cair de vez em quando para aprendermos valiosas lições. Quando seus resultados forem insuficientes, pergunte-se que ensinamento a Luz está tentando lhe transmitir
Pouco diplomático, direto, insensível aos outros.
Como você tratar os outros, assim a Luz o tratará
Falsa certeza, pensa que a Luz vai cuidar de tudo
Embora a Luz esteja sempre presente para guiá-lo, depende de você fazer o esforço. A Luz ajuda aqueles que se ajudam
Mudanças no amor, falta de compromisso
Quando você estiver pronto para mudar de cenário, pergunte-se se aquilo em direção a que você está indo é tão bom quanto o que você está deixando para trás.
Enxerga o panorama completo, mas não os detalhes
Desacelere. Desacelere. Desacelere.
como melhorar seu relacionamento com um sagitariano:
  • Não se magoe com sua franqueza. Ele não tem a intenção de magoar
  • Apele para a lógica e o senso de justiça dele
  • Ajude-o a se concentrar em todos os aspectos de uma situação e não apenas na emoção de estar envolvido
COMO O SAGITARIANO ALCANÇARÁ A PLENITUDE:
Entendendo que o desafio maior é ser sensível aos outros
MEDITAÇÕES PARA O MÊS DE SAGITÁRIO
Letras do mês
Todo mês é representado por um signo do zodíaco e um planeta, ambos criados a partir de uma letra hebraica. O Livro da Formação explica que ao meditarmos diariamente nas letras hebraicas específicas do mês, podemos plantar as sementes daquilo que gostaríamos de atrair para nossas vidas nesse mês.
Sefer Yetzirah (Livro da Formação), escrito por Abraão o Patriarca há cerca de 3.800 anos, afirma que as letras hebraicas são o DNA do universo. Elas são a representação física das forças de energia que criaram tudo, desde os planetas até as galáxias.
Imprima-os, cole-os em sua parede ou carregue-os consigo: faça o que for preciso para que elas sejam parte regular do seu dia. Para saber mais profundamente sobre o significado da astrologia kabalística e como ela pode transformar totalmente todas as facetas da sua vida, recomendamos a leitura do livro Astrologia Kabalística, que pode ser encontrado em nossa loja online
                                                                                         

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Transformar a Nossa Natureza | por Michael Berg

Nós não lemos a Torah simplesmente para ganharmos lições espirituais. Lemos a Torah para que possamos ganhar a assistência das muitas grandes almas, cujas histórias estamos estudando. Fazemos isso para que possamos nos conectar aos processos pelos quais estas grandes almas passaram, o que nos ajuda a passarmos pelos nossos próprios processos. Na porção desta semana podemos receber a ajuda da alma de Jacó, e até mesmo de Esaú, para passarmos pelo processo de transformarmos completamente a nossa natureza.
Isaac, filho de Abraão, teve dois filhos: Jacó e Esaú e sabemos que eles estavam no mesmo ventre. Na hora do nascimento, Jacó tentou segurar seu irmão Esaú, para que ele pudesse sair primeiro e ganhar o direito às bênçãos da primogenitura. No entanto, Esaú nasce primeiro, e como tal, Isaac deseja conceder-lhe as bênçãos.
Jacó passa por todo um processo de mentir e enganar seu pai para receber as bênçãos da primogenitura. Ele teve que lutar contra seu irmão, teve que lutar contra seu sogro, teve que fugir da casa de seu pai, teve que enfrentar desafio após desafio. Nos é dito que Jacó é uma alma justa e sabemos que ele era conectado com a Luz do Criador, então por que ele teve que travar batalhas constantemente... por que ele teve que superar constantemente tantas barreiras?
Curiosamente, os kabalistas ensinam que, se você olhasse para os dois irmãos e tivesse que avaliar pela fisionomia, qual era a alma mais elevada, você provavelmente escolheria Esaú. De fato, por todos os aspectos exteriores, os kabalistas ensinam que Esaú tinha uma mente mil vezes mais afiada do que a de seu irmão. Ainda assim, Jacó teve a revelação de que, para se conectar com a Luz do Criador e realizar aquilo que veio a este mundo para realizar, ele teria que lutar contra tudo o que ele era e ir contra a natureza com a qual nasceu. Jacó enfrentou desafio após desafio, porque sabia que quando lutamos contra a nossa natureza, quando nascemos de uma maneira e lutamos completamente contra esta maneira de ser para realizarmos a transformação, é aí que a Luz do Criador é revelada.
Esta é a verdadeira lição entre Jacó e Esaú. Embora Esaú estivesse disposto a fazer o trabalho espiritual, ele não estava disposto a lutar contra a sua natureza. Ele nem sequer pensou que era necessário. Não é que devamos ver Esaú como uma pessoa negativa, o fato é que Esaú pensou que, para crescer espiritualmente, bastava usar todos os poderes com os quais nasceu. Esaú honrou e respeitou seu pai, fez grandes coisas... mas só quando ele quis. Este não é o verdadeiro trabalho espiritual. O trabalho espiritual que fazemos, que está dentro da nossa natureza e que é confortável para nós, não é um verdadeiro trabalho espiritual, não revela muita Luz.
A realidade de quem Esaú era nunca foi mudada, porque o trabalho espiritual que ele realizava não ia contra todas as fibras de seu ser. Uma pessoa pode estar estudando, pode estar fazendo muitas ações de compartilhar, mas isto não significa que ela esteja cumprindo seu propósito. Muitos de nós nascemos com boas qualidades que, é claro, precisamos usar. É bom que façamos todas as outras coisas que estão dentro da nossa natureza, que sejam de compartilhar, que revelem alguma Luz. Não significa que devemos deixar de fazer essas coisas. Nós apenas temos que ter cuidado para não cometermos o erro de pensar que, simplesmente porque estamos fazendo ações positivas, isto significa que estamos realizando nosso propósito. Por exemplo, há pessoas que são naturalmente caridosas, outras cuja natureza é alcançar sabedoria e outras que nascem professores. No entanto, o fato de elas darem dinheiro, o fato de elas investirem seu tempo em alcançar sabedoria, o fato de elas investirem toda a sua energia ensinando outras pessoas, é claro, vai trazer uma certa quantidade de Luz, mas isso não significa que estejam realizando o que vieram a este mundo para realizar.
Esta compreensão certamente nos dá uma avaliação diferente de como precisamos olhar para a nossa vida espiritual. Nós percebemos, através desta porção, que a resposta não é o quanto você faz, ou mesmo o que você faz, mas o quanto você está lutando contra a sua natureza. Eu penso sobre isto para mim mesmo, e espero que todos vocês também o façam. Para avaliar onde você se encontra no processo de sua alma, no processo de revelar o propósito para o qual veio a este mundo, a pergunta tem que ser: você está transformando a natureza com a qual nasceu?
Aprendemos desta porção que viver uma boa vida espiritual não significa nada se fizermos tudo o que estiver dentro da nossa natureza. Este conceito pode realmente mudar a nossa vida, porque não mentiremos mais para nós mesmos. Isto nos dá um meio de avaliarmos onde realmente nos encontramos no processo da nossa alma. Ao perguntarmos a nós mesmos: “Qual é a minha natureza e quais ações estou fazendo que são completamente opostas a ela?”, vemos onde nosso trabalho está realmente focado.
Nesta porção, Jacó luta contra tudo o que ele é, e nesta semana, recebemos o incrível dom de conectarmos com ele e obtermos sua ajuda para travarmos nossas próprias batalhas. Fazendo isso, estaremos revelando mais e mais Luz, e cada vez mais próximos de realizarmos nosso verdadeiro propósito... e quando transformarmos nossa natureza, ilimitada Luz e bênçãos poderão fluir em nossas vidas.

Seus Desafios São Suas Bênçãos | por Karen Berg

O poder da bondade, da compaixão e do amor encontram por vezes os nossos corações na mais escura das noites. Apesar de ser difícil de aceitar quando estamos no turbilhão do desafio, a verdade é que sem desafio não há crescimento. Sem escuridão, não há Luz.

Peguemos por exemplo na porção de Toldot, na qual Rebeca, a mulher de Isaac, se vê grávida, miraculosamente grávida de gémeos, Jacó e Esaú. Mesmo no útero ela consegue sentir a energia contrastante dos gêmeos na forma das dores excruciantes da gravidez, e por isso ela questiona Deus para saber o que está acontecendo dentro dela.

E Deus diz-lhe: "No seu ventre você tem duas nações". Como veio a acontecer, Jacó tornou-se um homem do estudo e do espírito, e Esaú tornou-se exatamente no oposto (epítome do Desejo de receber para Si mesmo), em egoísmo e ego.

Podemos questionar, como o Rashi o fez, como é que estas duas almas tão elevadas, Isaac e Rebeca, puderam trazer a este mundo uma alma como a de Esaú? A resposta fica clara quando levamos em conta a ideia de que a Luz não vem da luz. A Luz vem da escuridão. O universo inteiro opera segundo a polaridade. Esaú era completamente negativo e por isso tinha o potencial para fazer a maior transformação.

Os kabalistas revelam que Esaú representa o Desejo de Receber Para si Mesmo que existe em todos nós, e recorda-nos o tremendo poder que nos foi injetado e que nos permite converter essa energia para o bem.

Por vezes podemos desejar não ter de passar por desafios e podemos achar que a vida é um passeio no parque. Mas o que é mais satisfatório é saber que, com ferramentas espirituais e vontade de olhar para dentro e participar do trabalho interno, podemos superar e revelar mais da nossa alma, no dia a dia. Deste modo, transformamos a escuridão que então nos rodeava numa vantagem, alterando a nossa dívida kármica. Um grande exemplo é a pessoa que tem que superar um vício, abuso, ou outra forma de trauma para poder ser um farol de esperança e cura para outras pessoas.  Os nossos desafios são as nossas oportunidades de ouro de abrir os nossos corações e de desfrutar a bênção de estarmos mais integrados na vida das pessoas à nossa volta.

Seja qual for a dificuldade que possamos estar atravessando, o desafio espiritual mantém-se o mesmo: reconhecer que a escuridão que estamos vivenciando é a nossa oportunidade de revelar a nossa beleza, a nossa força interior e Luz neste mundo.

Desejo a todos a energia e o poder de que necessitam para enfrentar seja qual for a prova que têm perante vocês neste momento, com graça e consciência. Ao fazê-lo, que possam provar a água doce do poço do caminho espiritual, sendo para sempre nutrido por ele.