A leitura deste capítulo nos da a força de resistir e por conseguinte permitir entrar mais Luz em nossa consciência. Resistência permite-nos um acesso irrestrito a Luz.
Há uma história que fala sobre um homem que teve filhos que morreram, ele foi aconselhado por um cabalista a criar um fundo de caridade, e através de sua generosidade com as pessoas, D'us iria lhe dar filhos. O que aconteceu foi que seu filho nasceu no Shabbat de Mishipatim, ele continuou sendo generoso e teve outros filhos, um dia ele foi ao cabalista e perguntou se mais alguém poderia fazer seu trabalho, no outro dia ele retorna ao cabalista dizendo que algo terrível havia acontecido, um dos seus filhos havia padecido, ele voltou novamente a responsabilidade de dar caridade.
Dando caridade, nós podemos remover julgamentos que podem recair sobre nós, não o fazendo não temos poder contra os decretos que nós trazemos para nossas vidas, o preceito de ame o seu vizinho, não é para ser apenas uma idéia legal e moral, mas uma fórmula para viver uma vida plena e livre do caos. Viver perante este ideal é o que a Bíblia nos ensina.
A história nos ensina que o homem sentiu necessidade de dar quando sentiu uma falta, mas quando a bênção chegou ele não sentiu a urgência de compartilhar. Esta Haftarah enfatiza este conceito. Esta é a nossa natureza apenas acordamos quando as coisas não vão bem, um minuto depois até, semana, mês ou ano, quando as coisas estão indo bem, certas, voltamos ao nosso jeito antigo e vivemos como as coisas não tivessem acontecido. A lição que aprendemos daqui é que não temos o luxo de esquecer isso, porque nós temos que assumir a responsabilidade sobre o que acontece em nossas vidas.
Mishipatim, significa leis e julgamentos, este capítulo olha ações e seus efeitos no mundo físico, o Zohar também nos diz que este capítulo se refere ao processo de reencarnação, não apenas nos ensinando sobre as leis de causa e efeito no mundo físico, mas também sobre os efeitos de nossas ações na dimensão espiritual.
Do Rav: Nós tomos nascemos no campo do Satan, e enquanto nós estamos neste jogo, nós temos que jogar pelas suas regras. Rav Ashlag nos conta que D'us em sua infinita compaixão por todas as Suas criaturas, entendeu que não temos chance jogando desta forma, então ele nos providenciou uma ferramenta, nossa alma.
O capítulo de Mishipatim, fala sobre reencarnação, sobre vidas passadas, sobre todas as bagagens que nós acumulamos em cada vida passada, e como nós podemos nos livrar destas bagagens.
Há regras para que possamos derrotar Satan em seu próprio jogo. O Ari nos ensina que as regras abraçam um princípio básico: Se nós não podemos nos conectar com nossa última vida passada, nós não estamos conectados com a Luz do Criador. Muitos de nós tivemos centenas de vidas passadas mas se nós não nos conectamos com a última, nós estaremos para sempre presos no jogo do Satan, sem chance de sair.
Uma vez que identificamos nossa vida passada, as coisas em nossa vida atual começam a fazer sentido, e escolhemos a nos prender a elas ou deixá-las ir.
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