Estou no caminho para a cidade do México para dar uma palestra amanhã à noite e passar o Shabbat como nossos chevres e alunos, e todo o caos que vimos recentemente no México, me lembra a história de um homem que eu conheci no Bogota.
Ele veio até mim e disse: "Você sabe, eu era uma pessoa muito alta no cartel, e eu fiz um monte de coisas terríveis. Tenho magoado um monte de gente, e eu tenho feito coisas que eu não posso sequer imaginar que eu poderia fazer. Com o objetivo de chegar onde cheguei tive que destruir vidas, pessoas, fazer o que fosse preciso. Mas, cinco anos atrás, eu encontrei o Centro, e comecei a estudar Cabala, e há cinco anos acabei com minha participação nisso e finalmente abandonei o cartel. Se você me deixar, eu gostaria de voltar para aprender, ensinar e fazer parte do Centro, porque sei que está é minha vida.
Este tipo de Luz, este tipo de energia de transformação, é o que nós temos o potencial para se conectar nesta vida.
É simples se você nasceu de uma pessoa amável e agradável, é agradável e gentil. Mas alguém que nasceu do interior de um assassino e passa a ser generoso e bondoso gera muito mais Luz.
Eu não estou dizendo que todos devem sair e serem assassinos. O que estou dizendo é que vem mais energia da negatividade. Por que de onde nós extraimos? A coluna da esquerda da Luz, certo? Nós precisamos da energia, nós precisamos de um empurrão, precisamos do trovão para que para que possamos dar a volta e transformar em Luz branca.
Apenas há duas semanas atrás, nós nos conectamos a porção da Bíblia, Balak. Balak era o rei de Moab, e ele decidiu que ia se juntar com Bilam, o feiticeiro mais poderoso da escuridão. Juntos, eles iam tentar aniquilar o povo israelista, através da criação de limites para confiná-los em um lugar onde ele seria capaz de amaldiçoá-los.
A maior Luz que existe não está na pessoa que nasce na fazenda e cria gado, quando chega à noite dorme em sua cama, só para levantar de manhã e fazer a mesma coisa, dia após dia. Talvez ele tenha filhos e após 80, 90 anos ele deixa esse mundo.
Se a vida é boa, é uma vida agradável. A pessoa não fez nada fora do comum. Talvez tenha alguns filhos. Mas basicamente eu não vejo a diferença entre passar a vida desta maneira ou gastá-la em algo negativo.
Sabemos que quanto maior o desejo para receber para SI mesmo, é o maior potencial para o desejo de compartilhar. Como já lhe disse anteriormente, o positivo e o negativo na feitiçaria são os mesmos. São as mesmas ferramentas, são o mesmo aparelho. Apenas uma chama entre você o ceu ou o inferno.
Isto é o que vimos com Bilam.
Ele disse que Bilam olhou para o deserto. Esta afirmação significa muitas coisas, mas há uma que gostaria de focar.
Sabemos que o deserto é o lugar onde permanece Satanás, onde fica o anjo negativo. Isso ocorre porque o deserto é inerte, é apenas terrivelmente cru. Aliás, o livro da Bíblia que completamos esta semana é chamado Bamidbar, que significa "no deserto".
Minha pergunta para você é: Quantos de nós realmente e verdadeiramente olham para o nosso próprio deserto? Você já se perguntou o que eu tenho feito nos últimos 30, 40 anos, 50 anos?
Vamos começar a trabalhar agora antes de Rosh Hashana e fazer três listas. Uma é a lista das coisas boas que fizemos. E eu não quero dizer "dizer olá para meus pais". Estou falando das coisas boas que fizemos, apesar de nossa natureza, apesar de termos lutado com nosso cônjuge, ou ter discutido como nossos filhos, onde nós sentimos como se estivéssemos sozinhos, ou quando sentimos estar em nossa própria bolha, nós temos que furar a bolha e deixar para outras pessoas, e sentir que hoje queremos oferecer a nós mesmos, temos que encontrar uma maneira de furar nosso véu e oferecer algo de nós mesmos para outra pessoa.
Na segunda lista, devemos escrever algo que queremos de nós mesmos para o próximo ano.
A terceira lista é a mais importante, é o que estamos dispostos a desistir. O que nós estamos dispostos a crescer e deixar ir embora nosso ego e negatividade.
Porque no final do dia, este é o nosso trabalho. Para tirar essa energia, que desejamos ter; o impulso que temos de fazer as coisas SOMENTE para mim, e para abrir um pequeno espaço, não um espaço grande, mas um pequeno espaço, que diz: "para mim, e para os que me rodeiam."
Ps.: Eu adoraria ouvir de você como vai a sua lista!
Karen Berg
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