Encontrando a Cura: Touro e Tiferet 2015
Estamos chegando à terceira das sete semanas do Ômer, que corresponde à Sefirá de Tiferet, expressão de beleza, equilíbrio e cura no universo. Não por coincidência, também estamos chegando à Lua Nova de Touro, o signo do zodíaco que também está associado a essas mesmas energias.
A cor verde – a cor da vida, de cura, da natureza e do equilíbrio – está ligada tanto a Tiferet, quanto a Touro.
O chakra associado a Tiferet é o chakra do coração. Quando esse chakra está equilibrado, sentimos alegria, gratidão, amor e compaixão. Confiamos e perdoamos facilmente. Desequilíbrios e bloqueios no chakra do coração dão surgimento a sentimentos de inveja, raiva, cinismo, amargura e sensação de abandono.
A verdade é que a maioria das pessoas possui questões com esse chakra, por mais espirituais, amorosas ou abertas que sejam. Cada um de nós possui essas pequenas áreas interiores em que retemos raiva, amargura, solidão ou ressentimento. A questão é: como podemos usar a energia deste mês para nos curarmos?
A resposta está na nossa capacidade de alcançar um entendimento pessoal e ainda assim profundo: o de que o mundo à nossa volta, e todas as pessoas que nele habitam fazem parte de uma magnífica sinfonia que toca na NOSSA orquestra. E assim como o maestro de uma orquestra é responsável pela forma como soa a música, nós também somos cem por cento responsáveis por tudo o que vivenciamos.
Tudo.
Ponto final.
Bem, muitos de nós – possivelmente até a maioria – achamos que a responsabilidade pelo que nos acontece está nos outros. Pensamos: “Fui magoado; houve um problema; fui roubado; fizeram fofoca de mim; fui culpado por alguma coisa, mas caramba, não foi culpa minha; não criei o problema – ele criou”. Além disso, quando vemos alguém brigando ou sofrendo, pensamos: “Não é problema meu. Não sou responsável pela forma como ele se sente”.
Mas a verdade é que, o que quer que seja, se está fazendo parte da nossa experiência, então, em algum nível, temos alguma responsabilidade compartilhada por aquilo. Isso não significa que estamos aqui para assumir a culpa do mundo sobre nossos ombros, mas sim que você, eu, todos nós, podemos nos tornar participantes ativos na cura do mundo, através do poder da nossa própria consciência.
Como disse o grande kabalista do século dezoito, o Baal Shem Tov: “Cada mínima coisa que uma pessoa vê ou escuta, é uma instrução relativa à sua conduta no serviço a Deus”.
O mundo é nosso espelho.
Se estou magoado, então preciso me perguntar como e onde fui magoado, e se magoei os outros, para que agora as consequências das minhas ações estejam aparecendo na minha experiência. E então preciso perguntar como posso olhar para dentro de mim mesmo, a fim de não causar aquela mágoa novamente em alguma outra pessoa.
Cada um de nós é tanto um professor quanto um aluno, e tudo o que acontece em nossas vidas é uma lição ou um ensinamento para nós e não para o outro. Sim, os outros também têm seus próprios trabalhos a fazer, seus próprios aprendizados, suas próprias experiências. Mas eles não estariam aqui, na nossa orquestra, a menos que compartilhássemos uma faísca de qualquer que seja a energia que eles tragam à tona.
Quanto mais incorporamos esta consciência à nossa experiência nesta semana e neste mês de Touro – o mês da cura – tanto mais poderemos alcançar sintonia com a Força Infinita do amor e da vida neste universo. |